Sou chegada num mantra. Meu preferido é o ho'oponopono. Fico dias inteiros mantrando "Sinto muito. Te amo". Outros dias, fico apenas dizendo "Obrigada. Te amo". Acho que essa prática distrai o meu pensamento, não me deixando pensar em coisas desagradáveis ou tristes. Hoje, em minhas buscas rotineiras, acabei encontrando este mantra hindu, que é um removedor de obstáculos de toda ordem. Exatamente o que estou precisando. Ô fases! No plural mesmo. A pronúncia dele é bem fácil, pois, diferente de outros, é quase como se lê. Abaixo posto o texto, tal qual o encontrei e, mais abaixo, um vídeo que achei em outro lugar. O bacana deste mantra é que dizem ser de efeito bem rápido, de 30 a 40 dias de prática surgem resultados surpreendentes. Oxalá!
Om Gam Ganapataye Namaha
Este mantra é um dos mais conhecidos no hinduismo e fácil de pronunciar. É uma invocação a Ganapati (outro nome de Ganesha)
e serve para remover os obstáculos, tanto materiais como espirituais.
Este mantra atua muito rápido, vale a pena experimentar. Aqui vai um
texto copiado de um livro para você ver um exemplo deste mantra em ação:
O experimento
Ao longo dos anos, aprendi muitos mantras
para resolver os problemas que a vida criou para mim. Para que você
tenha uma idéia de como isso pode funcionar, vou contar como a prática
de um mantra me ajudou num período particularmente difícil.
Em 1980, ocorreram muitas mudanças na minha vida. Durante oito anos, eu havia sido ministro-residente de um centro espiritual filiado a uma organização espiritual da Índia, mas sediada em Washington, D.C.
Eu gostava de ser útil e minhas responsabilidades em geral eram agradáveis. Entretanto, a forma como o líder indiano estava conduzindo a organização passou a me incomodar cada vez mais, por apresentar um comportamento inadequado em questões referentes a sexo, dinheiro e poder. Eu vacilava entre permanecer ou abandonar a organização e essa preocupação me deixava nervoso.
Um dia, numa de minhas habituais sessões de duas horas de meditação, eu vi um relógio que marcava um quarto para as doze horas. Aquela visão mostrava-me que às doze horas, a relação pela qual eu vinha esperando desde muito tempo atrás chegaria. Resolvi esperar um pouco mais antes de tomar a decisão de deixar o centro. Na realidade, aqueles quinze minutos acabaram sendo mais de seis meses. Depois de seis meses, uma mulher chamada Margalo chegou à organização. Em duas semanas, deixei o centro para ir morar com ela. Um ano depois, já casados, decidimos juntos abandonar totalmente a organização.
Em 1980, ocorreram muitas mudanças na minha vida. Durante oito anos, eu havia sido ministro-residente de um centro espiritual filiado a uma organização espiritual da Índia, mas sediada em Washington, D.C.
Eu gostava de ser útil e minhas responsabilidades em geral eram agradáveis. Entretanto, a forma como o líder indiano estava conduzindo a organização passou a me incomodar cada vez mais, por apresentar um comportamento inadequado em questões referentes a sexo, dinheiro e poder. Eu vacilava entre permanecer ou abandonar a organização e essa preocupação me deixava nervoso.
Um dia, numa de minhas habituais sessões de duas horas de meditação, eu vi um relógio que marcava um quarto para as doze horas. Aquela visão mostrava-me que às doze horas, a relação pela qual eu vinha esperando desde muito tempo atrás chegaria. Resolvi esperar um pouco mais antes de tomar a decisão de deixar o centro. Na realidade, aqueles quinze minutos acabaram sendo mais de seis meses. Depois de seis meses, uma mulher chamada Margalo chegou à organização. Em duas semanas, deixei o centro para ir morar com ela. Um ano depois, já casados, decidimos juntos abandonar totalmente a organização.
Quando me envolvi com a organização, eu
trabalhava como produtor de televisão. Logo depois de entrar para ela,
passei a lecionar radiofusão, por tempo integral, na George Washington
University. Em 1980, entretanto, vencido o prazo do meu contrato
temporário e, recém-casado, eu refletia sobre minhas opções
profissionais. Margalo sugeriu que deixássemos Washington, D.C., e
fôssemos morar em sua antiga casa no sul da Califórnia. Eu não vi nenhum
motivo para recusar. Uma vez lá, eu sabia que teria de iniciar uma nova
carreira. Mas, apesar de todos os meus esforços para encontrar um
trabalho em Los Angeles, a capital da mídia do mundo ocidental, as
portas da televisão mantiveram-se fechadas e eu fui obrigado a aceitar
trabalhos esporádicos. Eu lutava para encontrar algum tipo de equilíbrio
entre minha procura desestimulante de uma nova profissão e minha nova
vida feliz com minha mulher.
Durante meus anos de sacerdócio, eu havia
usado mantrans quase exclusivamente durante as sessões de meditação
para aumentar a concentração e estimular a introvisão espiritual. Para
qualquer problema secular, eu recorria às orações que havia aprendido em
minha formação judaico-cristã nas igrejas Presbiteriana e Metodista. A
prática de mantras não requer o abandono da organização religiosa a quel
pertencemos, nem das nossas raízes ou de outras práticas espirituais.
Embora continue me considerando cristão, eu já estudei muitas tradições
religiosas e, com o passar dos anos, fui acrescentando novas práticas
religiosas de origens hinduísta e budista a meus hábitos diários, para
compor uma espiritualidade pessoal voltada para a compaixão e o serviço.
O mantra é uma prática espiritual complementar incrivelmente eficaz,
que pode enriquecer a sua vida.
No meu caso, os resultados obtidos por
meio de orações eram esporádicos, mas eu os havia aceito. Naquele
período profissionalmente difícil de minha vida, entretanto, decidi
aplicar um mantra à minha situação para ver se me ajudava. Escolhi um
mantra que me pareceu apropriado para as minhas dificuldades no plano
material e decidi dedicar-me a ele por quarenta dias. Escolhi uma
prática de quarenta dias porque quarenta é um número recorrente na
literatura religiosa. Jesus andou no deserto por quarenta dias. Noé
flutuou sobre as águas por quarenta dias. Moisés errou pelo deserto por
quarenta anos. Com Buda foi um pouco diferente, pois permaneceu sentado
sob a Árvore Bodhi por 43 dias até alcançar a iluminação. No hinduísmo
védico, quarenta dias é o período estipulado para a prática concentrada
de um mantra. No catolicismo romano, a novena, uma disciplina diária de
oração utilizada pelos fiéis em busca de solução para seus problemas, é,
às vezes, praticada durante cinco, quarenta e 54 dias, embora
tradicionalmente seja uma prática de nove dias.
Eu achei que precisava de uma quantidade
considerável de tempo para que a prática do meu mantra atuasse sobre
quaisquer que fossem as forças que estavam me impedindo de encontrar
trabalho. A intenção que criei na minha mente era de encontrar um
emprego estável no qual eu pudesse dar uma contribuição aos outros e me
rendesse um salário para viver. Como muitos mantras para a solução de
problemas são genéricos por natureza, o mantra que escolhi foi para a
remoção de obstáculos:
Om Gam Ganapataye Namaha
“Om e saudações àquele que remove obstáculos do qual Gam é o som seminal.”
Entre as seitas védicas e hinduístas,
este mantra é universalmente reconhecido como extremamente eficaz para a
remoção de todos os tipos de obstáculo. Como eu não sabia o que estava
me impedindo de encontrar um emprego fixo e remunerado, meu objetivo era
remover qualquer obstáculo, interno ou externo, espiritual ou físico,
que estivesse no meu caminho.
Nos quarenta dias seguintes, repeti o
mantra o máximo de vezes possível, algumas vezes em silêncio, outras em
voz alta. Enquanto realizava tarefas domésticas, eu repetia o mantra.
Dirigindo, eu ia entoando o mantra no carro. Enquanto comia ou preparava
a comida, eu o repetia. Enquanto adormecia, continuava repetindo o
mantra pelo máximo de tempo possível. Ao despertar, começava
imediatamente a recitá-lo. Se estava com outras pessoas, recitava-o em
silêncio. Se estava sozinho, entoava-o em voz moderadamente alta.
Tornei-me uma máquina de entoar o mantra Om Gam Ganapataye Namaha.
Eu gostava da sensação que o mantra me
proporcionava. Seu ritmo instalou-se rapidamente em minha consciência e,
depois de duas semanas, constatei que o mantra se iniciava sozinho
quando eu estava ocupado com alguma outra coisa. Quando acordava no meio
da noite, podia ouvi-lo ressoando fracamente em algum compartimento nas
profundezas da minha mente. Ele se integrara ao meu corpo e à minha
mente como um alimento espiritual.
Depois de três semanas trabalhando com o
mantra, fui convidado para realizar uma cerimônia védica para um grupo
em Santa Ana. A cerimônia durou cerca de uma hora e, quando acabou,
circulei entre os convidados para conversar e comer petiscos. Com um
pequeno grupo, a conversa acabou indo parar na pergunta “E o que você
faz para viver?” Expliquei, um pouco constrangido, que tinha vindo
recentemente para a Costa Oeste e que ainda não havia me fixado em nada.
O bate-papo continuou e depois de um
tempo uma mulher do grupo disse que sua empresa estava procurando alguém
para trabalhar num projeto de marketing pelos próximos três meses.
Perguntei o que a empresa fazia e ela respondeu que um serviço de
assistência médica que se ocupava de medicina familiar, medicina
ocupacional e atendimento de emergência. Eu não tinha nada a ver com a
área de saúde e disse isso a ela.
Sem se importar com isso, a mulher
insistiu para que eu lhe telefonasse para marcar uma hora na semana
seguinte. Concordei, mais por educação e com a consciência de que devia
explorar as possibilidades – mas sem nenhuma esperança real de que
aquilo resultaria num emprego para mim.
Quando cheguei à empresa, fui recebido
pelo chefe da mulher que eu havia conhecido, Rick, que me entrevistou
por cerca de dez minutos. Eu achei que estava descartado, uma vez que
mostrara não entender nada daquele ramo, mas para grande surpresa minha,
ele finalizou sua breve entrevista com: “Eu acho que você vai se dar
bem. Mas preciso que os médicos aprovem. Por favor, espere aqui.”
Os médicos me aprovaram e, dentro de
alguns minutos, eu já havia preenchido alguns formulários e me tornado
um representante de marketing da clínica deles, para realizar trabalho
de campo com base num contrato provisório de três meses. O salário era
modesto, mas era melhor do que trabalhar esporadicamente ou aguardar o
telefone tocar, de maneira que fiquei agradecido. Durante todo o tempo,
eu continuei recitando o mantra em silêncio.
Depois de vários dias dando telefonemas
de negócios, eu aprendi o suficiente para perceber que o material de
marketing de que dispunha para sustentar meus telefonemas era péssimo.
Eu não conseguia tirar isso da cabeça e comecei a me sentir cada vez
mais estúpido toda vez que fazia uma chamada. Finalmente, percebi que eu
tinha de fazer algo.
Nessa altura, eu estava no trigésimo dia
de prática do meu mantra. Nessa noite, refiz todo o material,
resumindo-o em três desenhos e usando as cores do prédio e o familiar
caduceu, símbolo da medicina. Quando cheguei ao escritório na manhã
seguinte, procurei o médico a quem relatei e expus rapidamente o que
tinha em mente. Ele parou de repente, fitou-me e disse para encontrá-lo
na sala de reunião dentro de uma hora. Quando entrei na sala de reunião,
lá estava Rick, junto com a mulher que havia sugerido que me
candidatasse ao emprego, o médico que havia me entrevistado e dois
outros médicos que eram sócios da empresa. Inseguro, percebi que teria
de fazer uma apresentação. O médico que havia convocado a reunião disse,
“Mostre-nos o que você fez”.
Depois de dez minutos de apresentação
improvisada, os médicos me pediram para deixar a sala por alguns
minutos. Nervoso, aquiesci. Quando fui chamado de volta, meu chefe
disse, “Parabéns, você é nosso novo diretor de marketing. Mande imprimir
alguns cartões e também esse material que você desenhou o mais
rapidamente possível”. Eu estava em estado de choque, mas continuava
interiormente repetindo o mantra Om Gam Ganapataye Namaha.
Concluí meus quarenta dias de prática do
mantra sem nenhum outro incidente. Dentro de trinta dias, eu estava
envolvido num projeto de marketing com a participação de um hospital
local. A enfermeira que era diretora de marketing do hospital era
amistosa e tecnicamente muito competente. Trabalhamos bem juntos. Quando
estava quase no final do projeto, ela me perguntou se eu não me
importaria em dizer quanto eles me pagavam. Não me importei e disse a
verdade. Ela franziu o cenho e disse, “Eles estão lhe pagando uma
bagatela”.
Quando o projeto em conjunto foi
concluído, meu chefe nos parabenizou a ambos pelo ótimo trabalho. Depois
de apertar a mão dele, a enfermeira apontou na minha direção e disse,
“Você sabe que esse cara é muitíssimo mal pago. É melhor você tomar
alguma providência antes que alguém lhe faça uma proposta e ele vá
embora”. Fiquei espantado, mas meu chefe respondeu como o bom
profissional que era. Deu uma risadinha e disse: “Não se preocupe,
cuidaremos bem dele”. Em trinta dias, tive um aumento de 40%.
Isso foi no início de 1983. Trabalhei
nessa empresa durante quase sete anos. Tive inúmeros aumentos e sentia
que meu trabalho era valorizado. Finalmente, eu saí quando meu
supervisor decidiu abrir seu próprio negócio e fez-me uma proposta para
ir com ele.
Eu atribuí o meu êxito na procura de
emprego ao mantra que pratiquei. Sua eficácia causou uma profunda
impressão em mim e comecei a dar um novo valor ao poder das fórmulas
espirituais para a solução de problemas cotidianos. Comecei a recomendar
o uso de mantras a outras pessoas com problemas e funcionou
surpreendentemente bem.
Indiquei esse mesmo mantra a um amigo meu
de Washington, que havia acabado de deixar sua carreira no exército.
Ele havia estudado gemologia e estava a fim de encontrar um trabalho
nessa área. Entretanto, depois de meses de procura em muitas cidades,
ele não conseguira encontrar o emprego que queria. Recomendei a ele que
começasse a repetir o mantra Om Gam Ganapataye Namaha o
máximo de vezes possível durante dez dias. No décimo primeiro dia,
realizei uma cerimônia de limpeza energética para ele. Dentro de três
dias, ele recebeu várias propostas de emprego e começou bem sua nova
carreira.
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